quarta-feira, 29 de julho de 2020

.ELE.


 

que me libertou das amarras da mesmice,
que me faz devanear e enxergar além-mar,
que sorri diante do tufão e me agarra feito furacão,
que me ensina todos os dias a viver uma nova poesia.
que tornou possível amar na mesma intensidade que o sol beija o mar.


 
L. Fernandes


sábado, 8 de abril de 2017

Por tanto

Talvez não esteja tão sozinha nesse emaranhado lugar chamado sentimento,
Ou talvez não tenha percebido que estamos de mão dadas.
Possivelmente, há quem indague sobre os quesitos da vida,
Ou ainda aqueles que tampouco a veem como uma saída.
Parece ilusão...
Sentir se iguala ao sofrer, mas continua sendo a solução.
Se perdemos a convicção, encontramos o doer,
Isso se assemelha a quimera do existir.


L. Fernandes

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.


O eu profundo e os outros eus, Fernando Pessoa, pág. 145

terça-feira, 19 de julho de 2016

Minha escrita

Os pensamentos me saem confusos
e as palavras tornam-se dispersas.
Meu juízo percorre o fim
e o coração permanece latente.
As mãos com o lápis percorre o branco papel.
Tudo tão dúbio!
Mas a alma logo se liberta
e as ideias, enfim, encontram seu propósito.
Uma poesia escrita.

Coração

Pulsa
Quase sai.
Meu coração já não vive...
Te respiro!

Teria

Por ti teria eu gritado,
Clamado, Chorado! 
Mas quiseras partir… 
Hoje por ti teria eu amado.
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